
A Justiça Eleitoral deu início, nesta terça-feira (24), à preparação de mais de 114 mil urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais de 6 de outubro no estado de São Paulo. Na capital paulista, cerca de 30 mil equipamentos serão mobilizados.
Os trabalhos começaram com o processo de geração de mídias, seguido pela carga e lacração dos dispositivos. Durante essa fase, as urnas recebem os sistemas eleitorais, além dos dados dos eleitores e candidatos. No ato da lacração, todas as portas de acesso físico das urnas são fechadas com selos de segurança produzidos pela Casa da Moeda do Brasil.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) comunicou que o processo deve ser concluído até 4 de outubro, dois dias antes do pleito. Representantes de entidades fiscalizadoras, como o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), partidos políticos, federações e coligações, poderão acompanhar e inspecionar a integridade e autenticidade dos sistemas eleitorais instalados, bem como a regularidade dos procedimentos de geração de mídias e preparação das urnas.
Após a conclusão desses preparativos, as urnas serão armazenadas e transportadas para os locais de votação na véspera do pleito. O TRE-SP destacou que, por questões de segurança, as urnas eletrônicas não poderão ser utilizadas antes de 6 de outubro, data em que o sistema estará programado para operar apenas durante o horário oficial da votação.
Comentário do advogado Antônio Amauri Malaquias de Pinho
O advogado Antônio Amauri Malaquias de Pinho, especialista em direito eleitoral, destaca a importância da transparência e segurança no processo de preparação das urnas eletrônicas. “A possibilidade de fiscalização por diversas entidades, como o Ministério Público e a OAB, é essencial para garantir a confiança da população no sistema eleitoral brasileiro. A lacração das urnas com selos oficiais e o acompanhamento por partes interessadas são procedimentos que reforçam a integridade do processo, evitando fraudes e assegurando a lisura das eleições”, afirma Pinho.
Ele ressalta ainda que o uso de urnas eletrônicas no Brasil, apesar de questionamentos em alguns setores, é amplamente reconhecido pela sua eficácia e agilidade no processo eleitoral, sendo um modelo para outros países.