Volta às aulas reforça os cuidados com a saúde ocular da criança

O início no ano letivo nas escolas públicas e particulares chama a atenção para uma questão fundamental para as crianças: a boa saúde ocular. Parte dos registros de queda no rendimento escolar está relacionada a problemas visuais. Mais recentemente, questões como o uso excessivo de celulares também afetaram a qualidade da visão.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas de visão. As principais alterações visuais listadas no levantamento dessa faixa etária são miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Uma consulta anual com um especialista auxilia na detecção de eventuais problemas. “Ele dirá o que fazer, caso alguma patologia seja constatada”, conta o oftalmologista Guilherme Pletsch Paes, da Hapvida NotreDame Intermédica.

Muitas vezes, lágrimas, dor de cabeça e dificuldade em ler e escrever são sintomas de doenças. “Em alguns casos, é necessário o uso de óculos. Também temos que prestar atenção aos hábitos. Por exemplo: coçar os olhos frequentemente pode desencadear o ceratocone e prejudicar o desenvolvimento da visão na infância”, afirma o médico.

Paes explica a questão do rendimento escolar a partir de sua experiência pessoal. “Quem não lê, não aprende. Por ser médico oftalmologista e filho de professora primária, acompanhei de perto o processo de alfabetização de várias crianças. Quem apresentava dificuldade para enxergar tinha desempenho abaixo dos colegas”, conta.

Nessas situações, os pais devem manter a calma, mas agir. “Doenças refracionais são reversíveis. Muitas vezes, o uso de óculos devolve qualidade de vida tanto às crianças como à população em geral”, relata.

Uso excessivo de celulares

A saúde ocular envolve acompanhamento bem cedo. “Até o primeiro ano de vida, a criança deve fazer exame de fundo de olho. Após isso, os pais devem perceber se ela tem alguma queixa, se precisa assistir TV ou usa o tablete e o celular muito próximo ao rosto. Havendo uma dessas situações, procurar o especialista é fundamental”, conta Guilherme.

A detecção precoce aumenta as chances de solução. “No caso do estrabismo diagnosticado até 7 ou 8 anos de idade, conseguimos desenvolver a visão apenas com medidas ambulatoriais”, afirma o médico.

O especialista alerta, ainda, sobre a exposição excessiva às telas. “Além dos fatores físicos, temos que levar em conta o efeito emocional, a depender do conteúdo que a criança vê. Isso pode prejudicar seu sono, o crescimento e o desenvolvimento intelectual”, revela.

Telas próximas ao rosto podem levar à dependência de lentes corretivas e aumento do grau dessas lentes. “O mais saudável é que a criança assista a televisores com a distância recomendada pelo fabricante”, orienta.

Uma consulta é indicada também em casos de processo alérgico, rinites e sinusites com frequência, pois alergias oculares prejudicam o desenvolvimento da córnea.

Paes recomenda a consulta anual de rotina às crianças e também aos adultos.

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